2018 foi um ano difícil para o Facebook, principalmente depois que seu CEO Mark Zuckerberg e a COO, Sheryl Sandberg testemunharam separadamente perante o Congresso nacional dos EUA e responderam a questões a respeito da forma como a rede social classifica seu conteúdo.
A partir disso, a empresa tem desenvolvido uma série de medidas, que visam isolar a plataforma de questões mais espinhosas a respeito do conteúdo postado, estabelecendo também novas políticas sobre mensagens com discursos de ódio, nudez e outros assuntos delicados, que incluem a criação de um conselho externo e independente que terá a autoridade para regular os tipos de postagens permitidas.
O anúncio, feito no dia 28 de janeiro, revela que o novo comitê tomará decisões a respeito do tipo de conteúdo que poderá ser mantido e de quais conteúdos deverão ser retirados da rede social, e que a menos que hajam ramificações legais, serão implementadas pelo Facebook.
O exato poder desse comitê nas estratégias da rede social ainda não foi bem detalhado. Não está claro, por exemplo, se o grupo também irá tomar decisões a respeito das contas banidas ou se apenas irá supervisionar as postagens.
O Comitê, que se acordo com a rede social será montado até o fim do ano, será formado por aproximadamente 40 pessoas especializadas em assuntos como liberdade de expressão, direitos civis, privacidade, jornalismo e outros temas relacionados, de acordo com a rede social.
A veracidade das notícias publicadas na plataforma têm sido uma das maiores preocupações da companhia desde as eleições estadunidenses de 2016, quando sites de notícias falsas trabalharam para disseminar propaganda e desinformação nas redes sociais.
A partir disso, o Facebook começou a trabalhar com agências de checagem de fatos, além de procurar formas de impor limites para os discursos políticos tóxicos e tirando do ar redes ou contas falsas cujo trabalho seja disseminar conteúdo inverídico.
Outras redes sociais, como o Twitter e YouTube também enfrentam situação semelhante em relação ao conteúdo fraudulento, situações de assédio e discursos de ódio. No entanto, o Facebook, parece ser a primeira das empresas a considerar a possibilidade de passar essa importante tarefa de gestão de conteúdo a uma companhia independente.