Segundo dados do estudo Vídeos Digitais 2017 da Adobe, conduzido pela Adobe Digital Insights (ADI) no período de outubro de 2015 a dezembro de 2016, os anúncios em plataformas mobile cresceram cerca de 53% durante esse período, enquanto os investimentos em vídeo tiveram o aumento de 13%.
A pesquisa levou em consideração 300 sites e aplicativos de ponto de acesso na América do Norte, somando mais de quatro bilhões de autenticações de TV Anywhere (SmartTVs e consoles).
A média de impressões observadas, no período de 15 meses é de 3,7 meses, em anúncios digitais, o que segundo o Vice-presidente da Adobe na América Latina, Federico Grosso, mostra “que os anunciantes têm enxergado a publicidade digital em vídeos como uma oportunidade, principalmente no mobile, com o crescimento de impressões nesta modalidade de anúncio”.
Além disso, o CPM (custo por mil impressões) nas SmartTVs e consoles de games é o dobro em relação a smartphones e tablets, o que contribui na escolha dos anunciantes por enquanto nos aparelhos menores.
Em contrapartida ao aumento no mobile, a publicidade no desktop enfrenta problemas de retenção, pois apenas 47% dos anúncios são assistidos até o fim, enquanto em dispositivos móveis esse número chega a 60%. A queda das visualizações no desktop também teve uma queda de 26%, apenas em 2016.
Para Grosso, “o público migrou de dispositivo e a tendência é que o canal de comunicação do marketing migre junto com a audiência”, reforça ainda, que o motivo para o alto custo de anúncios digitais em vídeos é que o mercado ainda precisa de maturação, mas a tendência é de estabilização na medida que o mercado amadurece.
A pesquisa também aponta que o consumidor está direcionando o consumo de vídeos para telas grandes, ou seja, as pessoas estão criando o hábito de abrir plataformas como o YouTube, Netflix, Amazon PrimeVideo e outros serviços também em televisões grandes. Afinal, 32% da audiência inteira de vídeos são provenientes de SmartTVs e consoles, um valor que era 20% dois anos atrás.
“(É) preciso ficar de olho no espaço revelado pelas TVs conectadas. Ainda em crescimento, elas podem se apresentar em breve como um mecanismo de publicidade importante para as marcas e é importante testá-lo”, conclui Grosso.