Você ainda é muito impactado pelo marketing de interrupção, mas acredite, ele tem grandes chances de acabar. Pra entender um pouco melhor do que nós estamos falando, dê uma olhada nesse post sobre Inbound Marketing. Pode ler e depois voltar aqui. Pronto? Então vamos lá.
Primeiro, responda algumas perguntas pra você mesmo:
Você gosta de receber spam?
No intervalo da novela ou do jogo você continua sentado de frente pra TV?
Você gosta de receber dezenas de panfletos enquanto caminha pela rua?
Imagino que para todas as perguntas a resposta tenha sido não. Pelo menos esse é o pensamento de muitas pessoas. O Marketing de Interrupção, como o nome já diz, interrompe alguma coisa que te interessa para te mostrar outra coisa que você não pediu pra ver. E com a proliferação de canais, as pessoas têm muito mais opções de conteúdo de seu interesse a disposição e muito menos tempo para serem interrompidas por aquilo que não pediram.
Duas décadas atrás, o conteúdo de massa era totalmente concentrado na televisão. Poucas eram as pessoas que não acompanhavam a novela da Globo ou o desenho que passava pela manhã. Hoje em dia é diferente, enquanto tem uma pessoa na sala vendo TV, tem outra na mesma sala vendo um vídeo no YouTube, outra no Facebook e uma outra no quarto vendo Netflix. O conteúdo descentralizou, o que enfraquece a eficácia do marketing de interrupção.
- Entre 2004 e 2014, a audiência média da TV Globo caiu em 38%, de 21,7 pontos para 13,5pontos.
- No mesmo período, o SBT perdeu 33% da audiência: de 8,4 para 5,6 pontos em média.
- Por outro lado, a TV paga e os canais regionais cresceram 260%, saltando de 2,4 para 8,6 pontos. Naturalmente, essa audiência está pulverizada em muitos canais diferentes.
Outro fator que contribui para a contagem regressiva do Marketing de Interrupção é a falta de credibilidade. O consumidor já não acredita 100% naquilo que anunciam na TV. As pessoas aprenderam que muitas dessas mensagens são enganosas, o que os deixa com um pé atrás sempre que se interessam por um produto ou serviço visto pela TV ou qualquer outra mídia tradicional.
Por outro lado, as novas estratégias para atingir o consumidor estão mais fortes graças à tecnologia. Agora é possível tratar os clientes de forma mais personalizada, oferecendo somente aquilo que realmente lhe interessa. O que também deixa o próprio consumidor mais forte, pois agora ele pode comparar preços, ver opiniões de outros usuários e até ter uma experiência grátis antes de pagar pelo serviço.
A forma de consumir está evoluindo e as estratégias para atingir o consumidor devem acompanhar essa evolução. Ainda existe eficácia no Marketing de Interrupção, mas a medida que os consumidores vão mudando seu jeito de consumir conteúdo essa estratégia vai só perdendo espaço.